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Aplicação da análise de relações sociais em granja de matrizes

Os resultados destacam a complexidade da formação de preferências sociais e oferecem uma plataforma para explorar ainda mais as motivações.

23 Novembro 2023
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As associações preferenciais são ligações que melhoram a aptidão física entre indivíduos, documentadas numa variedade de táxons. Apesar disso, a investigação sobre associações preferenciais continua sub-representada em espécies comerciais, particularmente em suínos. O objetivo deste estudo foi investigar o desenvolvimento de associações preferenciais numa granja de matrizes dinâmica. As associações preferenciais foram definidas como aproximar-se de uma matriz em repouso e depois sentar-se ou deitar-se com contato físico com a fêmea selecionada, separada por <1 m da cabeça ou diretamente ao lado dela, com interação tolerada por >60 s. Para identificação individual, cada matriz foi marcada com pontos coloridos, listras ou ambos, correspondendo ao número do seu brinco. As associações preferenciais foram medidas ao longo de um ciclo de produção de 21 dias. As observações comportamentais ocorreram durante os 7 dias do estudo, com 3 horas de comportamento registradas por dia durante os horários de pico (08h00 às 09h00, 15h00 às 16h00, 20h00 às 21h00). Os comportamentos foram registrados por meio de cinco câmeras, cada uma localizada dentro da baia para cobrir áreas funcionais. As métricas de rede aplicadas incluíram centralidade indegree (links recebidos), centralidade outdegree (links iniciados), centralização (o grau em que um indivíduo é central na rede), coeficiente de clustering (uma medida da força do vínculo) e o índice E-I (uma medida de sortimento de características: paridade, familiaridade e sociabilidade). Durante o estudo, foram adicionados e removidos indivíduos, de modo que as métricas de centralidade das fêmeas faltantes foram ponderadas. Para descrever a estrutura da rede foram aplicadas tipologias de intermediação. As tipologias de intermediação incluem cinco cargos: coordenadores, vigias, representantes, consultores e contatos.

Os resultados revelaram discriminação social no sortimento com base na conectividade, mesmo quando os laços não eram recíprocos, e as matrizes mais conectadas tinham significativamente mais probabilidade de serem abordadas do que as menos conectadas. As fêmeas mais conectadas tiveram centralidade indegree e outdegree significativamente maior. Com a aplicação de tipologias de intermediação, os resultados mostraram uma relação entre conectividade e tipo de intermediação, com as matrizes mais conectadas a envolverem-se predominantemente em comportamentos de coordenação.

Os resultados sugerem que a motivação para a discriminação na rede de associação preferencial instável não se baseou em interações bidirecionais. Estas descobertas destacam a complexidade da formação de preferências sociais e oferecem uma plataforma para explorar ainda mais as motivações para associações preferenciais entre suínos de criação intensiva.

Jowett SL, Barker ZE, Amory JR. Preferential associations in an unstable social network: applying social network analysis to a dynamic sow herd. Frontiers in Veterinary Science. 2023; 10. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fvets.2023.1166632 DOI=10.3389/fvets.2023.1166632

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